by Nuno Araújo — 3 Agosto, 2021

A morte anunciada do papel. Mito ou Verdade?

Descubra o que pensam os especialistas sobre um dos temas mais controversos da atualidade.

É inegável que vivemos um momento de transformação digital. E é mais evidente ainda que a digitalização facilita, e muito, tarefas, procedimentos e hábitos. 

Pense em qualquer tarefa que poderia realizar com papel e é mais do que certo que, hoje, há tecnologia que permite fazê-lo em digital. 

Mas será que a morte anunciada do papel é, de facto, uma verdade a equacionar? 

Muito dificilmente, Aliás, a opinião dos especialistas é clara. A experiência que o papel oferece nunca poderá ser substituída. E, por outro lado, muitos dos touch points digitais falham na capacidade de responder às necessidades para as que foram projetados. 

Pense na última vez que escreveu a sua lista de to-do’s. Fê-lo em papel ou, eventualmente, usando uma app como o Trello ou, mais simples ainda, as notas do seu iphone. A maioria de nós, arriscamos dizer com elevado grau de certeza, fê-lo em papel. E há uma razão para isso. Bem mais forte do que alguns poderiam imaginar. Poderíamos alegar que sim porque era mais fácil, rápido, ou porque estava à mão. Mas estes argumentos superficiais são igualmente válidos para as notas do seu iphone.  

Pense na última vez que escreveu a sua lista de to-do’s. Fê-lo em papel ou nas notas do seu iPhone?

Um dos motivos centrais pelos quais continuamos a usar o papel para listas de tarefas é a experiência sensorial que proporciona. O toque da página, a ligação entre a caneta, a mão e a mente e a sensação de ter o seu próximo objetivo “na mão”. O ato de escrever ou ler algo físico tem um sentido de conexão muito mais forte do que uma nota digitada. É um estímulo emocional e uma transação de dopamina que nenhum meio digital conseguiu ainda recriar. 

Os especialistas alegam, ainda, que mais e mais constata-se a angústia crescente contra a nossa adição por écrans. Hoje, ganham uma nova centralidade as experiências capazes de oferecerem-nos algo mais pessoal e significativo. Vemos isso acontecer um pouco em todos os segmentos, e não apenas no Turismo e na Saúde e Bem-Estar. 

O futuro dos écrans deverá assentar na combinação de experiências físicas e digitais. Soluções que potenciam as experiências sensoriais, mesmo para tarefas tão simples como uma lista de to-do’s. A morte anunciada do papel é, pois, um mito e o futuro deverá passar por usarmos menos o digital como ponto único de contacto e mais como facilitador para o contacto físico. 

Talvez a melhor forma de compreendermos o futuro analógico-digital seja através dos smart notebooks da Moleskine. A experiência do toque e da caneta que desliza no papel, potenciando ideias e pensamentos, mantém-se. Mas o utilizador pode fotografar as suas notas, fazer upload para o Evernote’s e catalogá-las como peças digitais eterna e facilmente pesquisáveis. 

“From brain to page. From page to app. From app to everywhere.”

Moleskine

Nas palavras de Arrigo Berni, CEO da Moleskine, “o papel estará sempre por perto. Ajuda a expressar uma parte fundamental da experiência humana”.

E no seu segmento de mercado, como é que sente que esta relação de forças entre papel e digital tenderá a evoluir? Partilhe connosco, nos comentários, os maiores desafios que antecipa. E se gostou e considera oportuno, partilhe este artigo com alguém que possa, também, querer tirar partido da reflexão. 

Autor
Nuno Araújo